O olhar humanista do artista francês Pierre Verger sobre o Brasil, seu povo e suas crença, quase sempre foi tema de suas exposições.O fotogrógrafo realizou um extenso trabalho etnológico retratando o povo, seus costumes, sua cultura e principalmente as religiões afro brasileira.Verger deixou um acervo fotográfico com mais de 60 mil negativos, conservados pela Fundação Pierre Verger, por ele criada em 1988.
Pierre Edouard Leopold Verger ou Fatumbi como era chamado no *Candomblé, nasceu em Paris, 4 de novembro de 1902 e morreu em 11 de fevereiro de 1996. Quando completara 30 anos, depois de perder a família, Pierre Verger exerceu carreira de fotógrafo jornalístico. A fotografia em preto e branco era sua especialidade. Usava uma máquina Rolleiflex que hoje se encontra na Fundação Pierre Verger. Ele se insere numa longa tradição de viajantes a descobrir o mundo de além-mar, das terras de vistas pitorescas que desafiam o saber científico e civilizado. E, no transcorrer da aventura, o viajante descobre a si mesmo, finalizando sua boa educação.
Foi um fotógrafo autodidata.Dedicou a maior parte de sua vida ao estudo da diáspora africana - o comércio de escravo, as religiões afro-derivadas do novo mundo, e os fluxos culturais e econômicos resultando de e para a África.
Em 1949, em Ouidah, teve acesso a um importante testemunho sobre o tráfico clandestino de escravos para a Bahia.
Durante os quinze anos seguintes, ele viajou os quatro continentes e documentou muitas civilizações que seriam apagadas logo através do progresso.
Verger se apaixonou pela Bahia lendo "Jubiabá". Tendo se tornado amigo das maiores personalidades baianas do século XX. E interessado pela história e cultura local, ele virou de fotógrafo errante a investigador da diáspora africana nas Américas.
As contribuições de Verger para etnologia constituem em dúzias de documentos de conferências, artigos de diário e livros, e foi reconhecido pela Universidade de Sorbonne que conferiu a ele um grau doutoral (Docteur 3eme Cycle) em 1966 — um real feito para
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