segunda-feira, 16 de março de 2009
Kurt Schwitters
Artista Alemão: Kurt Schwitters
Kurt Schwitters nasceu em Hannover em 1887, Alemanha, e formou-se em artes plásticas em Dresden, em 1914. Em Berlim, em 1917, enquanto fazia uma exposição com Klee, conheceu o grupo da revista Der Sturm, que publicava trabalhos de vanguarda – expressionismo, cubismo, futurismo e dadaísmo. Apesar do seu trabalho ser a colagem cubista, sua maior identificação se deu com o dadaísmo, mesmo ele nunca tendo sido partidário da negação Dada da artisticidade.
Agitador cultural, arquiteto, dramaturgo, crítico, editor, ensaísta, escultor, pintor, poeta, prosador, publicitário e teórico, Kurt Schwitters (1887-1948) fez de sua inquietude uma grande construção. Sua obra, em grande parte feita de elementos pouco usuais como bilhetes de ônibus, recortes de jornais, trapos e outros objetos descartados pela sociedade de consumo, mostrou o olhar atento desse artista Merz.
Falecido em 1948, Schwitters teve sua importância para a arte do século 20 por longo tempo subestimado. Só recentemente houveram numerosas exposições em temas e períodos específicos de sua arte e grandes retrospectivs itinerantes: em 1985/86, em Nova York, Londres e Hannover, em 1994/95 em Paris, Valencia e Grenoble, em 2000/01 em Hanover, Dusseldorf e Munich.
Merz é o nome que Kurt Schwitters inventou para designar um conceito de arte que passaria a figurar como uma das mais originais contribuições à arte desses anos revolucionários que se seguiram à Primeira Grande Guerra.
O artista alemão criou uma série de composições abstractas a que chamou invariavelmente Merz e que viriam a tornar-se o centro da sua produção. Estas composições, que muitos consideram a sua maior contribuição para a arte do século XX, possuem uma grande carga poética proveniente da justaposição de elementos diversos e contrastantes, materiais encontrados ao acaso.
Mas schwitters, subitamente catapultado para a vanguarda artística da sua época, não se ficou por aqui. Nos anos seguintes desenvolveu uma imensa actividade criativa em áreas tão diversas como a poesia, a coreografia, a tipografia, a arte multimédia, body painting, a música, a fotografia e arquitectura...
O artista Kurt Schwitters entrou para a história da arte com o injusto epíteto de ovelha desgarrada do dadaísmo. Os próprios dadaístas viam Schwitters como um pequeno burguês tentando chocar outros burgueses escandalizáveis. Dadaístas eram os berlinenses. Schwitters era apenas um artista de Hannover posando de revolucionário.
O que é dadaísmo?
O Dadaísmo é caracterizado pela oposição a qualquer tipo de equilíbrio, pela combinação de pessimismo irônico e ingenuidade radical, pelo ceticismo absoluto e improvisação. Enfatizou o ilógico e o absurdo. Entretanto, apesar da aparente falta de sentido, o movimento protestava contra a loucura da guerra. Assim, sua principal estratégia era mesmo denunciar e escandalizar.
O movimento Dadá (Dada) ou Dadaísmo foi uma vanguarda moderna iniciada em Zurique, em 1916, no chamado Cabaret Voltaire, por um grupo de escritores e artistas plásticos, dois deles desertores do serviço militar alemão e que era liderado por Tristan Tzara, Hugo Ball e Hans Arp.
Colagem
A colagem como procedimento técnico tem uma história antiga, mas sua incorporação na arte do século XX, com o cubismo, representa um ponto de inflexão na medida em que liberta o artista do jugo da superfície. Ao abrigar no espaço do quadro elementos retirados da realidade - pedaços de jornal e papéis de todo tipo, tecidos, madeiras, objetos etc. -, a pintura passa a ser concebida como construção sobre um suporte, o que dificulta o estabelecimento de fronteiras rígidas entre pintura e escultura. Fruteira e copo (1912) de Georges Braque (1882-1963), é considerada uma das primeiras colagens da arte moderna. A partir desse momento, a técnica vai ser largamente empregada em diferentes escolas e movimentos artísticos, com sentidos muito variados.. O uso dos papéis colados abrem as pesquisas cubistas em novas direções. A utilização cada vez mais livre de materiais heterogêneos, não só papéis,dá origem a objetos tridimensionais e relevos.
Nos trabalhos de Kurt Schwitters (1887-1948), por seu turno, a ênfase recai sobre elementos e materiais diversos, que encontram seu exemplo mais acabado nas obras Merz (1919). "A pintura Merz", diz ele, "não utiliza só a cor e a tela, o pincel e a paleta, senão todos os materiais percebidos pelos olhos e todas as ferramentas necessárias". Com Max Ernst (1891-1976), ampliam-se as possibilidades da colagem. Nota-se aí uma articulação imprevista dos elementos e uma abertura mais direta ao irracional, no que será seguido pelos surrealistas, que levam ao limite a idéia de associação de elementos díspares e de construção de uma "realidade irreal", por exemplo, em Joán Miró (1893-1983), Yves Tanguy (1900-1955), René Magritte (1898-1967), André Masson (1896-1987)e Salvador Dalí (1904-1989). Diversa é a trilha seguida pelos artistas ligados a Bauhaus, quando empregam a colagem e a montagem como parte de seu programa pedagógico. Distinto também o sentido que Henri Matisse (1869-1954) vai atribuir aos papéis colados que realizou na obra de maturidade, em que a pesquisa da forma liga-se diretamente à exploração da cor.
Nas artes plásticas brasileiras, as colagens foram testadas por diferentes artistas, por exemplo, nas obras de Carlos Scliar (1920-2001),Piza(1928),Guignard (1896-1962), Jorge de Lima (1893-1953) e Athos Bulcão (1918). São elas também que criam as condições de possibilidade dos relevos espaciais de Hélio Oiticica (1937-1980) e casulos e bichos de Lygia Clark (1920-1988).
Grupo: Rafael Augusto, Ubirajara Suzart, Meryelle Castro, Bruna Rodrigues
Fonte:
http://blog.uncovering.org/archives/2005/11/kurt_schwitters.html
.http://www.itaucultural.org.br/
http://www.germinaliteratura.com.br/sibila2005_kurtschwitters.htm
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário